Neuromodulação em Crianças - Estimulação Cerebral Não Invasiva
- Bibiana da Silveira dos Santos Machado
- 26 de set. de 2020
- 2 min de leitura

As técnicas de estimulação cerebral não invasiva surgiram como alternativas às modalidades invasivas, devido à facilidade de aplicação, segurança, tolerabilidade e reversibilidade. Surgem como nova ferramenta para promover a plasticidade e aliviar os sintomas em diferentes transtornos. Ainda são muitos os desafios intrínsecos no trabalho com crianças e adolescentes, mas as evidências crescentes sugerem que a estimulação do cérebro oferecerá ferramentas poderosas e alternativas para tratar distúrbios de início precoce.
As 2 formas mais bem estudadas de estimulação cerebral não invasiva são a estimulação magnética transcraniana (EMT) e a estimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC).
Os protocolos de pesquisa começaram a aplicar técnicas de estimulação cerebral a crianças e adolescentes no início dos anos 1990. Pesquisas recentes examinaram a viabilidade e a segurança da estimulação transcraniana por corrente contínua e da estimulação magnética transcraniana em distúrbios neuropsiquiátricos em crianças e adolescentes com excelentes resultados.
As evidências atuais sugerem o uso potencial de técnicas de estimulação cerebral não invasiva em crianças com depressão, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), epilepsia, autismo, esquizofrenia, distonia, dislexia, paralisia cerebral e síndrome de Tourette.

Distúrbios da infância que já foram alvo de estudos com neuromodulação com técnicas de ETCC e de EMT resultados positivos.
A estimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC) é uma técnica de estimulação cerebral não invasiva com aplicação de corrente contínua fraca constante (por exemplo, 1–2 mA) para o cérebro via interface pele-eletrodo. Ao contrário da estimulação magnética transcraniana (EMT), o tDCS provoca um modulação sublimiar da excitabilidade neuronal sempotenciais de ação despolarizantes.
Esta modulação é dependente da polaridade em direção à despolarização após a estimulação anódica (= excitatório) e em direção à hiperpolarização após catodo estimulação (= inibitória), levando a mudanças transitórias no potencial de membrana em repouso.
O efeito cumulativo de estimulação mais longa resulta em uma facilitação dependente da polaridade ou inibição da taxa de disparo neuronal espontâneo e é considerado neuromodulador.

Para detectar as mudanças de excitabilidade no córtex motor primário, é possível utilizar EMT de pulso único para avaliar as mudanças de amplitude de potenciais evocados motores, as mudanças nos potenciais evocados motores as mudanças são vistas como um substituto para neuroplasticidade não focal, a mudança dependente da atividade do funcionamento neuronal.
A ETCC deve ser adjuvante nas terapias motoras POTENCIALIZANDO as atividades realizadas pela criança e facilitando a plasticidade cerebral.
Os principais efeitos colaterais já relatados em estudos anteriores, dizem respeito a sensações encontradas na pele (coceira, formigamento, vermelhidão, desconforto no couro cabeludo), os pacientes que farão este tratamento precisam seguir orientações de segurança, e existem algumas contraindicações como ter dispositivos metálicos na cabeça, não possuir calota craniana, usar marcapasso, epilepsia sem controle medicamentoso (epilepsia multifocal também deve ser considerada).
Se você quiser saber mais, entre em contato, vamos conversar!



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